domingo, junho 24, 2007

Crença, luto, beleza, ilusão



Somos todos enganáveis. A nebulosidade da correspondência entre opinião (e verdade) e realidade é rapidamente verificada em tudo o que fazemos. Como se diz nem tudo o que parece é. A dificuldade em saber se os nossos olhos estão a enganar-nos é grande. Pior ainda quando há alguém com o intuito de nos iludir.Desde a manipulação de fotografias de Estaline até aos acrescentos da guerra do Líbano, tudo é passível de deturpação. Arte ou engano puro? Quais os limites éticos e estéticos de tais atitudes?

No caso deste apelo do Bitaites além da questão ética, coloca-se a questão da ligação estética e antropológica da Morte e da Beleza. A fotografia como diz Jerry Monaco tem uma carga erótica bastante pronunciada.Não se lhe pode negar isso. Nem que seja por apelar aos valores e padrões de beleza das sociedades actuais, assim como à imagética da Morte em Combate e a sua ligação à juventude eterna e ao apelo sexual de um Guerreiro corajoso e bem sucedido (embora morto). Podemos nomear uma série de míticos guerreiros caídos em combate que servem de modelo para as sociedades actuais, demonstrando a repulsa dos seres humanos em rejeitar os seus instintos mais básicos (escolha do reprodutor mais capaz, parâmetros de beleza, iconografia da morte e da beleza).Mais aqui.

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